Há homens cujas ereções podem durar até quatro horas seguidas e nos casos em que se prolongam por mais tempo, podem provocar danos ao pênis. Essa ereção peniana prolongada e persistente, frequentemente dolorosa, desencadeada ou não por estímulo sexual, é conhecida como PRIAPISMO.
A definição se restringe às ereções com mais de 4 horas de duração. Caracteriza-se como uma situação clínica de emergência, requerendo um diagnóstico rápido. É conveniente, sempre que possível, solicitar a presença de um urologista para o primeiro atendimento. Essa ereção involuntária pode ser espontânea, ou causada pelo uso de medicação usado pelo homem para a ereção (tanto o medicamento injetável como o em comprimido podem causar uma ereção involuntária, se usados em quantidades exageradas), ou ainda traumas na região do períneo também levam ao priapismo. Após tombos ou quedas com lesão na área perineal, pode surgir uma fístula responsável por deixar o pênis sempre cheio de sangue e, consequentemente, ereto (lembrando que a ereção é um "mecanismo hidráulico").
Essa alteração pode trazer sequelas graves ao homem, caso não tratado a tempo. A ereção não deve ultrapassar quatro horas. Depois disso, o homem corre o risco de ter fibrose, necrose, destruição do corpo cavernoso e impotência definitiva, passadas seis horas de ereção constante, já se começam a ter lesões teciduais.
O tratamento, em suma, consiste em drenar o mais depressa possível o sangue dos corpos cavernosos do pênis, antes que se produzam lesões irreversíveis. De início, pode-se recorrer a métodos não cirúrgicos, como a aplicação de sacos de gelo sobre o pênis, compressas de água fria ou através da anestesia das raízes nervosas que inervam, embora os resultados destas medidas sejam inconstantes. Normalmente, costuma-se recorrer à punção dos corpos cavernosos com uma agulha grossa, de modo a drenar o seu conteúdo, juntamente com a administração de anticoagulantes, caso o tratamento seja iniciado poucos minutos após o início da ereção anormal.
Caso as lesões sejam persistentes ou este episódio aconteça, a FISIOTERAPIA PÉLVICA torna-se uma grande aliada com a finalidade de reabilitar a MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO, responsável por auxiliar a ereção. É realizado através de aparelhos de fisioterapia específicos para a região genital e somado aos exercícios perineais. O paciente se compromete a realizar os exercícios domiciliares prescritos para ter um resultado mais satisfatório e duradouro.