HELLO PERÍNEOS!!!
Vamos começar o ano de 2017 falando de um assunto complexo do universo masculino: A DOR PÉLVICA!
A prostatite crônica é muitas vezes atribuída a algum tipo de infecção da próstata e tratada apenas com antibióticos, hoje sabemos que essa relação é mais complexa e na grande maioria dos casos é mais adequado referir-se à prostatite como uma síndrome de dor pélvica crônica (SDPC) por tratar-se de vários fatores que se relacionam entre si.
As prostatites (ou dor da próstata) causadas por infecção correspondem a aproximadamente 5 a 10% de todos os casos, incluindo prostatites agudas e crônicas. Então esse novo conceito (SDPC) exclui a próstata como único fator que possa causar os sintomas relacionados a dor.
Por quê gente???
Estudos demonstraram que homens com dor pélvica crônica apresentam um declínio importante na qualidade de vida com impacto semelhante a outras condições debilitantes, podendo esta associada também ao aumento de peso, sinusites, ansiedade e depressão, que são muito mais comuns nesses homens.
A SDPC masculina é definida como dor crônica, pressão ou desconforto localizados na pélvis, períneo, ou órgãos genitais, não sendo originada por causas facilmente explicáveis como por exemplo: infeção, neoplasia (câncer), ou descartando outras patologias. Os sintomas mais comuns incluem dor ou desconforto no períneo, região suprapúbica, pênis, testículos, disúria (dor ou ardência ao urinar), fluxo urinário lento e intermitente e dor na ejaculação (durante o ato sexual), por isso a disfunção sexual pode ser comum. Alguns outros sintomas também podem ocorrer como: dores musculares e fadiga inexplicável. A síndrome é normalmente diagnosticada em jovens, mas é prevalente em todas as idades.
A história clínica deve ser meticulosa, bem como o exame físico e laboratorial devem excluir fatores suscetíveis de criar confusão no diagnóstico.
O tratamento deve ser multimodal e personalizado de acordo com o fenótipo (com as características) clínico de cada paciente. O impacto da dor e o seu tratamento sobre a função sexual, deve ser avaliado e tratado. A medida conservadora indicada deve ser a fisioterapia pélvica que irá reestabelecer a função muscular do indivíduo promovendo mudanças comportamentais, posturais e alívio da dor. A fisioterapeuta irá indicar como se deverá retornar as atividades físicas e o paciente deve ser acompanhado por algum tempo após a alta afim de evitar recidivas. Dentre as técnicas estão: terapia manual, biofeedback negativo, alongamentos, exercícios de baixo impacto entre outras. Os músculos perineais, o psoas, e o piriforme costumam estar com contraturas severas e rígidos neste pacientes.
O tratamento da dor inclui fármacos pode incluir fármacos como antidepressivos tricíclicos ou gabapentinoides. Os opióides são normalmente uma das últimas opções farmacológicas. A psicoterapia (em particular terapia cognitivo-comportamental) pode ser útil na aprendizagem dos benefícios de técnicas para enfrentar a dor. A cirurgia deve ser evitada a menos que haja uma indicação específica.
Se você se identificar com estes sintomas ou identificar algum familiar assim procure seu urologista para confirmar o diagnóstico e faça uma avaliação em um fisioterapeuta pélvico.
Texto adptado do escrito por Cristiane Carboni – Fisioterapeuta Pélvica.
Autora do blog mundodoassoalhopelvico.com
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