Muitas mulheres durante o ciclo menstrual queixam-se de
dores intensas em baixo ventre, podendo se alastrar para a parte interna das
coxas, provocada por contrações intensas do útero no dia imediatamente anterior
ao início da menstruação ou nos primeiros dias do ciclo menstrual, dificultando
as atividades cotidianas dessas mulheres.
Este distúrbio é conhecido como DISMENORREIA, e tem alta
prevalência e recorrência em mulheres, principalmente na adolescência.
Estima-se que pelo menos 60% das mulheres sofrem um episódio de dor (ou
pélvica, ou de cabeça), nos dias de hemorragia menstrual, das quais entre 10 e
15% têm graves episódios de dor, que podem indicar dismenorreia, acarretando um
impacto negativo significativo sobre o desempenho diário dessa população.
Quanto ao diagnóstico, é imprescindível que seja clínico,
porém como na própria descrição da patologia, é fundamentado na presença de
cólica na região ventral no decorrer da menstruação, que se confirma por meio
de uma anamnese cuidadosa, exames físicos gerais e complementares.
A gravidade da dor menstrual mostra que vários fatores podem
estar relacionados a este distúrbio, os quais englobam: idade menor, tabagismo,
menarca precoce, fluxo menstrual intenso ou prolongado.
O tratamento fisioterapêutico é um grande aliado no
tratamento desta patologia, apresentando amplas possibilidades terapêuticas
eficazes na diminuição e/ou eliminação deste desconforto, sendo os mais
utilizados: cinesioterapia da região pélvica; massoterapia para alívio da dor e
liberação do tecido conjuntivo; calor profundo para alívio do espasmo muscular
e sedação das terminações nervosas; bandagens funcionais para diminuição das
sensações dolorosas; eletroterapia para o tratamento da menalgia, representando
uma alternativa para mulheres que querem minimizar o consumo de medicação, e;
acupuntura para analgesia.
Os estudos demonstram que a maioria destas mulheres sofre
interferências significativas em suas atividades de vida diária. Deste modo, a
fisioterapia irá agir através de técnicas e recursos fisioterapêuticos no
controle sintomático, melhorando consequentemente a qualidade de vida dessas
mulheres.