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sexta-feira, 12 de maio de 2017

DISMENORREIA: como podemos atuar?

Muitas mulheres durante o ciclo menstrual queixam-se de dores intensas em baixo ventre, podendo se alastrar para a parte interna das coxas, provocada por contrações intensas do útero no dia imediatamente anterior ao início da menstruação ou nos primeiros dias do ciclo menstrual, dificultando as atividades cotidianas dessas mulheres.

Este distúrbio é conhecido como DISMENORREIA, e tem alta prevalência e recorrência em mulheres, principalmente na adolescência. Estima-se que pelo menos 60% das mulheres sofrem um episódio de dor (ou pélvica, ou de cabeça), nos dias de hemorragia menstrual, das quais entre 10 e 15% têm graves episódios de dor, que podem indicar dismenorreia, acarretando um impacto negativo significativo sobre o desempenho diário dessa população.


Quanto ao diagnóstico, é imprescindível que seja clínico, porém como na própria descrição da patologia, é fundamentado na presença de cólica na região ventral no decorrer da menstruação, que se confirma por meio de uma anamnese cuidadosa, exames físicos gerais e complementares.

A gravidade da dor menstrual mostra que vários fatores podem estar relacionados a este distúrbio, os quais englobam: idade menor, tabagismo, menarca precoce, fluxo menstrual intenso ou prolongado.

O tratamento fisioterapêutico é um grande aliado no tratamento desta patologia, apresentando amplas possibilidades terapêuticas eficazes na diminuição e/ou eliminação deste desconforto, sendo os mais utilizados: cinesioterapia da região pélvica; massoterapia para alívio da dor e liberação do tecido conjuntivo; calor profundo para alívio do espasmo muscular e sedação das terminações nervosas; bandagens funcionais para diminuição das sensações dolorosas; eletroterapia para o tratamento da menalgia, representando uma alternativa para mulheres que querem minimizar o consumo de medicação, e; acupuntura para analgesia.


Os estudos demonstram que a maioria destas mulheres sofre interferências significativas em suas atividades de vida diária. Deste modo, a fisioterapia irá agir através de técnicas e recursos fisioterapêuticos no controle sintomático, melhorando consequentemente a qualidade de vida dessas mulheres. 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

DIÁSTASE DO RETO ABDOMINAL PÓS-PARTO: como podemos intervir?

A gravidez é um período de grande felicidade, não importa o tamanho da barriga e nem se a mulher ganhou alguns quilos além da conta, afinal ela é o centro das atenções e está “carregando” em seu ventre um novo ser, um bebê que lhe fará mãe para sempre. Após o nascimento do bebê, várias são as felicidades e ganhos, porém trazemos, hoje, um uma situação que atormenta muito a cabeça de várias mulheres que já viraram mamães.

O afastamento dos músculos abdominais é mais comum em mulheres que tiveram múltiplas gravidezes, causando repetidos estiramentos destes músculos, especialmente do reto abdominal. Ocorre uma separação da linha média (linha alba) dos músculos reto da parede abdominal. É uma abertura da linha média, no abdome, palpável de mais de 2,5 cm, ou qualquer abaulamento visível durante esforço nesta musculatura. 



A diástase reto abdominal (DRA) comumente ocorre ao redor do umbigo, mas pode ocorrer em qualquer lugar entre o processo xifoide e o osso púbico. Isso ocorre devido a uma fraqueza da musculatura abdominal junto com alterações hormonais maternas e aumento da tensão na parede abdominal pelo útero crescente.

A DRA pode ocorrer em diferentes graus durante a gravidez e pode não resolver-se espontaneamente no período pós-parto. Esta separação do músculo reto abdominal pode causar uma série de problemas, comprometendo a estabilidade corporal e a mobilidade, contribuindo para o aparecimento de dores nas costas e na região pélvica, má postura, além de problemas estéticos.


Evidências demonstram que, após uma avaliação adequada, e ausência de complicações, deve-se iniciar exercícios terapêuticos específicos, dirigidos por um FISIOTERAPEUTA, logo no primeiro dia pós-parto. Estes exercícios visam o fortalecimento dos músculos profundos do abdômen, e  iniciam-se por exercícios isométricos dos músculos abdominais, trazendo resultados positivos desde o primeiro dia após o parto. 


O exercício físico deve ser de baixa intensidade no período pós-parto (tardio e remoto), diferente do que muitas mulheres pensam. A finalidade é fortalecer os músculos retos-abdominais, estabilizando-os e alinhando-os, para que os outros músculos possam entrar em ação. 
Após um período, estes exercícios vão sendo direcionados de outras formas, e em diferentes posições, principalmente para exercer as funções do dia-a-dia. 

Os exercícios abdominais convencionais devem ser evitados, principalmente os de rotação de tronco e quadril, alongamento lateral ou da cintura, pois contribuirão para o aumento da DRA. E devem-se se atentar bastante para alguns tipos de ginástica oferecidas no "submundo da saúde funcional". 

A respiração é de suma importância durante os exercícios, para evitar um aumento da pressão intra-abdominal (dentro da barriga). 
Não dá para prevenir a DRA, pois após o parto ela é inevitável, mas se no pré e pós-parto forem realizados exercícios com profissionais capacitados, o resultado tende a ser muito mais eficaz do que se realizado em academias comuns que não tenham esse enfoque.

É fato que o corpo da mulher se modifica após a maternidade, mas podemos contribuir desde a prevenção até o pós-parto. Seguir uma alimentação balanceada, evitando excesso de ganho de peso, fazer exercício físico e terapêuticos com liberação médica e seguir as orientações dadas durante o pré-natal são fundamentais para uma boa gestação, parto e pós-parto.

Procure um profissional capacitado, e viva o momento mais fascinante da vida, COM MUITO PRAZER!



sexta-feira, 5 de maio de 2017

FISIOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO: como podemos ajudar?

A fisioterapia no trabalho de parto abrange uma área de atuação específica de grande expansão atualmente, que visa proporcionar à gestante melhores condições durante todas as fases do trabalho de parto.

Isto é possível através da utilização de intervenções obstétricas adequadas a cada parturiente, com objetivos de diminuir os desconfortos musculoesqueléticos, preparando a mulher para o nascimento do bebê, acelerando a dilatação e a expulsão do feto, bem como a aprendizagem de técnicas respiratórias que irão auxiliá-las neste período.

Dentre as técnicas utilizadas estão: estímulo à deambulação e adoção de posturas verticais; massagens; exercícios de agachamento e respiratórios que melhoram a mobilidade pélvica e promovem relaxamento; eletroestimulação para alívio da dor; banho de chuveiro principalmente para aliviar a dor lombar, postergando o uso de fármacos no controle da dor; exercícios de báscula e na bola suíça visando a percepção da tensão e do relaxamento do assoalho pélvico, entre outras.


O suporte físico e emocional promovido pelo fisioterapeuta durante o trabalho de parto e o parto de baixo risco parecem contribuir para sua humanização e a do nascimento ao proporcionar à parturiente bem-estar físico, redução das percepções dolorosas, aumento da confiança, redução do medo e da ansiedade, e maior consciência do processo parturitivo.


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