Uma das principais doenças crônicas que afetam
homens, mulheres e crianças em qualquer fase da vida é a constipação
intestinal ou “prisão de ventre”, afetando de 25% a 28% da população nos
países ocidentais, e muitas vezes é razão importante de comprometimento da
qualidade de vida. É geralmente
definida em termos de alterações na frequência (quantas vezes), calibre (em
relação ao tamanho) e consistência das fezes, associando-se também ao esforço,
dificuldade e a dor durante as evacuações.
A dificuldade de evacuar pode trazer outras consequências
físicas, como hemorróidas e fissuras anais (em cerca de 70% dos casos),
incontinência urinária de esforço, fraqueza da musculatura do assoalho pélvico,
e até dores lombo-sacrais, devido ao esforço e dificuldade para expulsão
das fezes. Além disso, está associada ao aparecimento de disfunções sexuais.
Mas, se eu for ao banheiro apenas 3 vezes por semana,
isso é constipação? NÃO!
Existe critérios clínicos para o diagnóstico, como: (1)
esforço durante pelo menos 25% das defecações; (2) fezes ressecadas ou em cíbalos
(bolas) em pelo menos 25% das defecações; (3) sensação de obstrução anorretal
ou defecação incompleta em pelo menos 25% das defecações; (4) menos que 3
defecações por semana; e (5) necessidade de laxativos para evacuar. É
necessário, no mínimo, três sintomas/situações dessas relatados.
A fisioterapia pélvica pode
ajudar com exercícios que visam aumentar a sensibilidade anorretal e a
capacidade funcional do assoalho pélvico, normalizando a complacência retal. Diversos
recursos são utilizados para atingir esses objetivos, dentre eles: a
cinesioterapia pélvica, biofeedback, balonetes retais, eletroestimuladores,
terapias manuais (incluindo massoterapia) e técnicas de consciência e reeducação
postural, principalmente o ensino da maneira correta para evacuar. Além disso,
a terapia comportamental visa aprimorar os hábitos intestinais e melhorar a
qualidade de vida.
Procure um fisioterapeuta pélvico!
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